terça-feira, 27 de abril de 2010

Filme

Se eu soubesse resolver essa equação, talvez eu soubesse como agir, odeio trabalhar com incógnitas.
É tão legal ser tomado por algo que você não controla, algo que tem que ser porque tem que ser porque tem que ser, e não porque você quer que seja, parece que seu corpo age por si só, com se você fosse um objeto qualquer, magnetizado. O impulso é algo facinate!
Parecia que eu não estava lá, na verdade, parecia que nada estava lá, nenhum objeto, nenhum som, não havia luz, só uma vontade imensa de permanecer lá. As vezes, alguns lapsos de realidade tomavam conta de mim, mas sempre acabavam por sumir, para um além que não era possível ver, nem descrever, não havia tempo, não existia passado e futuro, apenas um presente constate. Eu não sentia meu corpo, mas parecia que algo, muito maior que eu, me envolvia. Minha mente era minha, mas eu não a controlava, aliás, nunca a controlei, mas naquele momento tudo o que eu pensava não me atingia, ao mesmo tempo que sentia tudo se esvaindo, sentia algo preenchendo, só para não ficar um vazio.
Eu me sentia bem. Muito bem.

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